Treinando o Brasil contra racismo em competições
O Centro Simon Wiesenthal apresentou um programa para as autoridades no Brasil sobre como lidar com o racismo nos esportes, principalmente no futebol, já que o país se prepara para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016.
"Onze pontos contra o racismo no futebol" foi apresentado terça-feira no Rio de Janeiro por Shimon Samuels, diretor do Centro de Relações Internacionais, e Sergio Widder, o seu diretor da América Latina.
A iniciativa foi inspirada em um programa similar, Futebol Contra o Racismo na Europa, ou FARE, para evitar incidentes terroristas em futuros grandes eventos esportivos no Brasil, bem como eventos religiosos, como a visita do Papa.
Entre as autoridades brasileiras estavam Zaqueu Teixeira, o secretário de Estado dos Assuntos Sociais e Direitos Humanos, e Bernard Brito, supervisor para análise e gerenciamento de projetos, bem como o coordenador do Racismo na Conferência de Futebol.
Esta semana, terá início a Copa das Confederações da Fifa no Brasil. Além de ser um grande evento, por si só, também é um teste para a Copa do Mundo de 2014, os Jogos Olímpicos de 2016 e as Jornadas Mundiais da Juventude Católica, em julho.
"O Centro Wiesenthal tem sido ativo na luta contra o racismo no futebol europeu, especialmente na Euro 2012, no Campeonato na Polônia, na Ucrânia e, no mês passado, na contenção do cancelamento e tentativas de boicote contra o Europeu Sub-21 em Israel ", disse Samuels. "Esperamos agora que as instituições latino-americanas endossem a nossa iniciativa para a tolerância zero contra o racismo no esporte."
Carneiro disse que a Associação Argentina de Futebol "estabeleceu um novo padrão no ano passado", por penalizar a equipe Chacarita Juniors após os cânticos anti-semitas de seus fãs.
"Nós incentivamos o Brasil a seguir esse modelo para que a Copa das Confederações seja um exemplo para as melhores práticas de esportes", disse JTA.
Fonte: Rua Judaica